Meu coração é um túmulo funéreo,
Um mausoléu desértico, esquecido,
Que bate solitário e adormecido,
Nos becos de um soturno cemitério...
Meu coração é triste, um tom cinéreo...
No escuro de meu peito empedernido,
Ele palpita lento e dolorido,
Repleto de agonia e de mistério...
Silente ele se tranca enclausurado,
Na nostalgia ingrata do passado,
Recôndito de angústia e de amargura...
E no atro descompasso da batida,
Nas curvas cadavéricas da vida,
Tornou-me solitária sepultura...
Sérgio Márcio
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