Não existe isso de regular paixão
De, existente a disparidade,
Negar a si próprio o direito de amar
Controladoria não existe no quesito
Seria um tanto inconsequente
Ter o saber de amar quem quiser
No entanto, não se escolhe
Numa tímida construção, mas radical ao se finalizar
Surge um arrepio interno na presença da amada
E a tudo que foge a arrepios
Não se pode classificar como paixão
Às vezes, quase sempre, até o cérebro fica elétrico assim
Paixão é fruto de mil incertezas
Mas logo tudo se resolve
Comigo, esclareceu-se: ela não me deseja
E assim, por mais que ela se resolva
Não se permite acabar
Ela come na falta, e respira no olhar
Quando eu digo "ela", digo paixão
A quem quero, já cansei de escrever poemas
Por mais que esse alguém me motive a mais um
A paixão come no não haver um amor
Bebe da diferença de objetivos dos corações
E assim, se embriaga, ducha fria, dor de uma lágrima só
Marcos Vinícios Botelho da Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário