Teus espelhos refletem aquilo que temo
as pedras e os espinhos que conversam em minhas costas…
As vozes que gritam
implorando pelo fim do que talvez nunca tivesse sido real,
ecoam nos goles que dou entre um suspiro e outro.
Me aqueço em minhas chamas
nestas noites de inverno em que prometi a mim mesmo
que nunca te deixaria queimar,
e não deixei.
Me afogo nessas doses diárias de autodepreciação,
me fazem desmaiar uma ou duas vezes ao dia.
Me iludo com meus olhos que refletem o que temo
nos espelhos que a ti se estilhaçam em cacos de vidro,
como meu coração,
enquanto me reparto em mil pedaços
sussurro a mim mesmo
“Eu não quero mais ser você…”
Ian Veink
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