Persuadido pelo insondável
Transponho o tédio matinal
E o espectro rastejante da labuta
Trava com a indolência sua luta;
Coagido pela ventura inescrutável
Reconheço o pendor bestial
Projetando múltiplas representações
No rascunho torto das imperfeições;
– Ainda respiro, digo em solilóquio
E o existir dura em seu imbróglio
Como a dor de um convalescente;
A consciência inflada de paradoxos
No irremediável niilismo – tóxico
Submerge em fluxo decrescente.
Cássio R. Alves da Silva
Cássio Robson Alves da Silva nascido em Fortaleza - CE, é doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará, tem seus poemas publicados em algumas coletâneas e, gradativamente, está aperfeiçoando a técnica para fabricar caleidoscópios artesanais.
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