No dilúvio de águas frias,
Dançavam as medusas-da-lua, poetisas,
Leves em simetria radial,
Desiludidas em tamanho
Transbordamento.
A água longa que delas brotava,
Como lágrima desgarrada dos olhos,
Compunha poesias em meu mar infiltrado.
Que vendaval aquático percorre seus corpos
Transparentes;
Suas coroas de tentáculos prateados?
Somente sinos e estrelas cadentes,
Perfuravam suas rimas aquáticas.
Maré alta...
As medusas rasas, profundas, líricas,
Costuravam-se ao canto do mar, sem intento.
Sozinhas no burburinho do mar,
Entre peixes brilhosos e corais estrelados...
Na demasia de meu pensamento.
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Carolina Sims
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2 comentários:
bonita poesia, eu diria que deve ter sido escrita por uma escafandrista... lol
Interessante o poema!
Como faço pra publicar algo no Plástico Bolha? Escrevo contos e poemas, que publico no meu blog, Somesentido.
Abraço
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