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As coisas nem sempre são
como desejamos.
Algumas podem ser abraçadas
pressentidas, guardadas
sob um sono vigilante.
Mas as coisas geralmente são livres
e súbitas.
A maioria se esconde em invólucros
caixas bolsos gavetas cofres palma de mão.
Mas também no pensamento
no canto do olho, na curva
de uns lábios.
As coisas aliás
nascem e algumas tombam das árvores.
Às vezes são pássaros
às vezes, orvalho.
Muitas são perigosas, trafegam
pelas ruas, rasgam o escuro da noite
te cravam um olhar
um revólver, te matam.
Mas há as coisas
que são silenciosas
e te entendem: como as mãos
de uma enfermeira ou colo de mãe.
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João Lima
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João Lima é autor da casa. Em breve, lançará seu primeiro livro de poemas.
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terça-feira, 3 de maio de 2011
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