A minha amizade não exige
estarmos mais ou menos juntos,
ou bem longe ou mais perto.
E ao meu ou ao teu lado,
em idéias bem próximos,
nem um inteiro sorriso aberto.
Ou falar que estamos ótimos,
muito menos me dizer "certo".
A minha amizade não pede tanto,
quer o teu muito do muito pouco,
as com certezas das andanças.
Só espero as boas e más notícias,
e um colorido prato de lembranças.
Eu farei o mesmo num e-mail,
um arroba.com sem cobranças,
e pensarei que o importante
é que existamos um para o outro
nas viagens das caminhanças.
E assim vou, caro amigo,
rabiscando, andando, navegando.
Sei que andas no teu do sempre,
menos em terra e sorrindo voando,
planando sobre tais estranhas terras.
Eu sei, vejo, sou convencido e vidente.
Aceites minhas íntimas confidências:
quão bom seria se os múltiplos amores
fossem concertados na mesma afinação,
regidos pelas amizades sem exigências!
Os dicionários emagreceriam em leves,
seriam esquecidas tantas pejorativas ditas!
Não seriam mais lidas, entendes, percebes?
As tristezas, decepções, adeuses e partidas.
Em caso que não recebas meu e-mail,
confies e jamais penses e consideres mal,
recordas-te da minha repetida premissa.
Que a nossa amizade ri de um final.
José Américo
José Américo é leitor-colaborador do Plástico Bolha da cidade de Visconde de Mauá.
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