domingo, 16 de novembro de 2025

Flor de Luanda


Meus escritos estão na Lua, penso em Lua. Viajo à Luanda, para recordar o sorriso da noite de Luanda. Lembro de agosto, quando a Lua sorriu para meus olhos. Dedico à Lua este poema. Preocupo-me com o tempo. A Lua e o poeta.

A Luanda, mulher encantadora. Que, apesar de não guardar suas ansaiedades, encantou-me com seu sorriso das nuvens de África.

Comprar-lhe-ei uma flor
Uma flor de Luanda
A mais remota das Áfricas
A flor que da areia molhada pelas lágrimas
desabrocha na guerra e semeia esperança

Meu impasse é errar teu sorriso
e confundi-la com a flor
São Luandas
Luas de África
Amarradas às armas não tão brandas
Mas brancas.

Ei de dá-la uma flor
para matar sua dor
afogar o desamor da noite que lhe sufoca, flor.


Manoel Canuto 

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