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Perpetro da tua pele uma simbologia de pétala
— nada me impede
de tatuar-te de palavras.
Sopro feito arrepio aspergido sobre teu vasto,
desabrochada de intenção, arrependida, de repente.
Visto o disfarce do impossível, porque tudo pode ser,
e podemos: seja.
Rascunho das tuas veias uma linguagem intuída de decifrar-te nua
e aguço-te o tato com o toque intermitente de sussurros.
Insinuo pecados como formas de redenção,
consinto render, deploro o perdão.
Insista no erro porque a justiça é uma forma arbitrária
de compensação do desejo; nunca me sinta reparado.
Note que os absurdos vêm à tona conforme os olhos vêem
Cale a veêmencia dos contrários como quem silencia uma criança
E deixe-se devoluta, mas se faça perder por um propósito.
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Pedro Braga Soares
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Um comentário:
Estou longe de fazer uma síntese do poema que li mas as palavras me tocaram no fundo da alma. Parabéns pela colocação das palavras com essa conotação sensual (pelo menos a meu ver). Me deleitei com esta leitura.
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