Faço vidente e cristalino os versos que escrevo,
Em cabalas rítmicas no variado número de palavras,
Onde as runas já não revelam o próximo poema,
Nem tarôs decidem os caminhos da minha poesia.
Nenhuma delas está nas linhas de minhas mãos,
Mas em ébrios versos, que enganam a enomancia.
São independentes dos tabuleiros de búzios,
E de qualquer interpretação do I Ching.
Faço versos sem mistérios,
Decifráveis apenas pelo belo e pelo despido,
Onde está sempre nua a minha alma.
JAAK BOSMANS
JAAK BOSMANS é leitor-colaborador de Belo Horizonte - MG.
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