Ônibus pulsante,
casa, cama, sono;
não veio cabeça ao travesseiro.
Era noite de aperceber
que não era controlável
a sinapse que movia
o mundo translativo
Parestesia tomou o mundo
entendeu seu espaço
de 4 metros
quadrados fixos
como uma prisão
solitário
Não existiram outros
dias de morte
sem morte
Quebrou-se a casca do ovo
no inferno de ferro e realidade
fritou com gema composta
de vida moderna
temperada a pitadas de sal
precípita prantina
Pneu de borracha,
Rodas de ferro,
Caixa metalica,
Janela de emergência,
Emergência; Três pontos.
Três sólidos são só mutáveis.
Na senda pelo nada,
partem a bomba
dividindo a nós
parte da fissão
energia
Reação torta e disforme
não reconhece símbolos
apenas os pequenos
estralos
das desvividas memorias
Descobrir o ser
no dia que ouviu
que a inocência
morreu velha e feliz, numa pensão para idosos; mas não quis
convidados nem velório pois estava
realmente satisfeita com a situação hodierna.
Agora voam todos os veículos
e desfolham as arvores
abrindo caminho para a
nuvem de plástico bolha
cheirando a tabaco
servindo asas
aos seres menores
que nas cadeira do ônibus
cantaram-me pela primeira vez
a historia do Novo Mundo.
Ela se chama “Parestesia”
Alex Maniezo
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