sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Cidade vigiada


A cidade vigiada
tem seus medos
e angústias.

As largas avenidas e ruas
e sua l’architecture francesa
se despem à noite
aos ratos, fantasmas e bêbados.

Os currais...
Horizontes ali, tão belos!
A princípio postos ao chão,
subordinados ao tempo;
erguidos e assim – endireitados.

Suscito de razão.

A modernidade paira no ar
dos cafés e agora
velhas esquinas.

Nos contornos – e lá fora solidão do
Ocidente – os vossos parques e regimentos
De Terezas, Afonsos e Cristinas
mancham vossa liberdade
que nos sangra
e não nos
deixa
quietação.

Maria Tereza Amaral

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