O ódio, a mágoa, a trégua;
ser humano, a liberdade árdua.
O sonho perdendo-se na névoa,
a vida impura poluindo a água.
É chocante o voo que nos guia,
rasgando os céus com esta mágoa;
um choro, uma tristeza esguia,
um riso limpo que tudo enxágua,
enxaguando o passado em seu ódio,
quem sabe um dia, a realidade tátil.
Será esta a conquista mais árdua,
a paz, infinita e frágil?
Sigo assim buscando trégua,
de cada dia, o nosso desafio,
enxergando através da névoa
a água calma a fluir no rio.
Flavia Rocha Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário