quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Águas Calmas


O ódio, a mágoa, a trégua;
ser humano, a liberdade árdua.
O sonho perdendo-se na névoa,
a vida impura poluindo a água.

É chocante o voo que nos guia,
rasgando os céus com esta mágoa;
um choro, uma tristeza esguia,
um riso limpo que tudo enxágua,

enxaguando o passado em seu ódio,
quem sabe um dia, a realidade tátil.
Será esta a conquista mais árdua,
a paz, infinita e frágil?

Sigo assim buscando trégua,
de cada dia, o nosso desafio,
enxergando através da névoa
a água calma a fluir no rio.

Flavia Rocha Loures


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