não escrevo
sobre o que detenho.
escrevo
para apropriar-me
do que há
no mundo.
para inventar oceanos,
terra,
céu,
gente.
para preencher-me de vazio,
do que não é pleno,
do espanto inquieto
e do questionamento
sobre tudo o que eu penso que eu sei.
ser poeta é desentender.
Dênis Rubra
Nenhum comentário:
Postar um comentário