terça-feira, 14 de maio de 2024

Um poema de Larissa Lins


Davi,

Sabe? Quase morri Todas as mulheres com que dormi, naquele dia em que acordei com seu telefonema me dizendo que não voltaria mais, todos os amigos que negligenciei, e joguei pela janela todas as suas roupas o telefonema da mamãe que não atendi, para não atear fogo na casa, nelas, em mim. e quando o vovô morreu eu não liguei. E quando finalmente eu me libertei daquilo tudo, As loucuras todas que já fiz chapado, do meu amor louco ali por você, quando a gente se viu naquele dia no parque, desprotegido, dirigindo embriagado, foi mais forte do que eu, eu precisava ser honesto em alguma coisa. você falando Daí liguei pra Mariana e eu não disse nem tchau. e ela chorou, Você falando, ela chorou de alegria eu me levantei e fui embora. porque eu propus o casamento, Você falando lá sozinho, ela chorou… e eu fui embora e não disse nem tchau. E um bebê? Seria a nossa salvação! Mas, perdão, Davi, por ter saído daquele jeito. Um bebê e tudo ia mudar! Você ainda é o único, juro, Davi, volte pra mim, Um bebezinho e tudo ia mudar… pro seu bebezinho dentro de mim agora. Voltei pra casa, era 7 da manhã. Agora, em tantas camas perdida por aí… Voltei pra casa, eu tava acabado. as coisas meio que saíram de controle, sabe? Voltei pra casa, a Mariana foi embora. Mas você é especial, você é o único, Davi, é você o pai, juro, Davi.

Mariana.


Larissa Lins

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