quarta-feira, 29 de maio de 2024

um poema para Yemanjá


mãe, perdoa os crimes na Guanabara
os presos políticos atirados de helicópteros
e teus ministros confinados como livros
na estante dos navios negreiros
rainha, segura Olokum
para que a grande onda não arrebente
mas estende teu braço - osso espuma flor
para nos erguer e nos ajoelhar

Juliana Bernardo

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