segunda-feira, 23 de março de 2009

Clarice — um mulheres-damas de Ana Chiara

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Essa grande e inumana galinha
Roberto Correa
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Vomita tudo de vez, querida.
Nada no íntimo
Só uma contração do hiato
E ardência de coca-cola.....

Sem essa de sins assim no meu ouvido
nãos na contramão do meu desejo
faz as unhas no meu pedicuro de Vênus

Deixa sair...., meu bem,
O azedo da carência
Respira, respira, respira....

Cruza as pernas daquele jeito que eu gosto
Por baixo da saia florida
um grande susto epifânico
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Ana Chiara é professora de Literatura da UERJ e participa ativamente do jornal Plástico Bolha. Ela foi entrevistada na edição #8, quando do lançamento de seu livro de ensaios Irrespiráveis; fundou a coluna mulheres-damas, que investiga o feminino nas páginas do jornal; participou da coluna Quarto de Despejo, que trouxe Carolina Maria de Jesus para a Bolha; além do seu famoso texto Deitar com Luiza Neto Jorge. Aqui vemos o seu poema sobre Clarisse, com um leve toque de Instinto Selvagem...
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2 comentários:

Lílian Alcântara disse...

destes poemas que tiram o fôlego...

Mariana Botelho disse...

muito bom.

que bom que nos deu a conhecer.