segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Íris — um poema de Ana Salek

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Das pisadas secas, fundas
Dessa gente pacata, ora besta
Compreende o firmamento
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Das montanhas corcundas
Instaladas sobre o cimento
Medita o vento, a brisa incesta
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Da luz do poste pendurado
Que avança sobre a cabeça,
Dessa vislumbra o olho:
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Uma bola de gude grudenta
(onde tudo a quê se manifesta)
Pende, ainda, instalada no osso.
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Ana Salek
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