pássaro de cenário, carrega um plumário mudo.
se foi começo a marca de um dia ido, começo
é passado, não siga. barro anterior: monumento
de palavra presa; filho do primeiro ato: ponta-seca.
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a imagem fácil de um fim de tarde cinza,
com a cor da gema estalada, faz do acidente
o trivial toque – que não vem e mata – o
co-movimento de opalas separadas no plano
vazio do belo inútil. ainda verde, a câmera
oferecida à vaidade do ofício (todo excesso
é notado, excelsa é a parca monta do recheio)
mostra queda caiada do risco: trinca-vidro.
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cortada de branco e rente, permuta do entre
no vão do verso, a mão só sabe das coisas
simples. teatra uma metáfora dura, feita só
de unhas: delírio essencial da pedra gasta,
máscara na nulidade do cume, a palavra
do poeta é uma arma sem disparo: nem zune.
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André Capilé
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André Capilé é um dos organizadores do evento Eco - Performances Poéticas, em Juiz de Fora, e também participou das últimas edições do CEP 20.000. Seu poema Inversões foi publicado na atual edição #28 do Jornal Plástico Bolha. Falando nisso, amanhã tem Eco - Performances Poéticas com Dado Amaral, Beatriz Bastos, Ana B. e Tatiana Franca. Veja mais abaixo!
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André Capilé
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André Capilé é um dos organizadores do evento Eco - Performances Poéticas, em Juiz de Fora, e também participou das últimas edições do CEP 20.000. Seu poema Inversões foi publicado na atual edição #28 do Jornal Plástico Bolha. Falando nisso, amanhã tem Eco - Performances Poéticas com Dado Amaral, Beatriz Bastos, Ana B. e Tatiana Franca. Veja mais abaixo!
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