quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Desafio Poético 'Amores Vagos': Homenagem

.
Precisamente agora
sem atinar por que nem como
repleto de sentido
conquanto vago e longo
é cãimbra nos meus braços
o tanto querer firmar um abraço
contra o que, presente, segue desde sempre
e o sempre é nada
e o presente um facto
que ileso escapa
aos meus olhos (os perseguidores)
de incomensurável alcance
.
Precisamente agora
dentro da costa Oeste do meu peito
também o Lado Esquerdo
submarinos assombram o baile dos cardumes
e um seixo entressonhado
sabe-se de onde vindo!
empurra uma carga amorosa
como se eu, o poeta,
o retivesse entre os dedos
mas estes nada tocam, nada
e o nada é sempre, ou fora?
.
Precisamente agora
talvez sem Ser, eu sinto
a rocha dividida. Feliz quem
se contenta com a cabida
parcela de amor que tem.
.
Danilo Diógenes
.

Nenhum comentário: