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Estamos num Mar. Shuá!
Textos boiam ao nosso redor,
prendem-se no casco da nossa pequena embarcação,
forjando, outrossim (outro-não),
um encouraçado marché.
“E vamos em quê direção?”,
ruflam as velas, “Hein, capitão?”
Nunca sabemos para que praia
as correntes do intelecto vão nos levar.
Ondas de acontecimentos nos pegam desprevenidos
E… Shuá! “Homem ao Mar!”
Outras vezes somos nós a remar
com os próprios braços de finas canetas
para algum pensamento que nos atrai…
Sereia encantada!, “cuidado marujo para não se afogar”.
E ainda há os amigos piratas
que nos abordam e raptam para outras paragens,
pilhando nossas capacidades
ao som de uma cantoria de taberna
e da eterna promessa
de que chegaremos cedo em casa
para ler Derrida.
Shuá! Shuá! Shuá!
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