ninguém lembra de dar cor
ao olho
do corpo de plástico
mudo e magro
sonham dançar a valsa fria
com os bonecos da loja ao lado
dormem em pé
como cavalos
parasitas sem presa
sobras de nossa pressa
possuem a agonia das pedras
sem mar
a mesma cor de pele
de pêssego
não envelhecem
depois da bomba
resistirão ao medo
de barataFernanda Tatagiba
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