quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
alta fidelidade?
Ainda para Renata Sammer – o começo de toda uma metáfora
moça
sou
bom
copiador
e,
estamos
11 anos
distantes,
eu
mais
para cá
você
mais
para lá
criando
imagens
distorcendo
realidades
em redes
apenas
virtuais
antes
fosse
em cadeia
nacional
para eu
dizer
nesse
país que,
construído
de braços
abertos,
te amei
como
algo
muito
novo
debaixo
do sol
cifrando
minha
felicidade
esperança
e realização
em sua capa
cidade
que
agora
sei
não ser
aquilo
que
imaginei
por isso
há algo
de ridículo
em mim,
atestando
e te reaproxi
(a)mando,
neste
agosto
chuvoso
de paisagens
laterais.
Ai de mim
que amei
alguém
que amou
outro
que ama
alguém
que não
é você.
Ah moça,
isto aqui
não é diário
talvez
nem poesia
não é Fiama
nem Arenas,
mas você in-
siste nessa
batida
dizendo
que digo
mentira
ao falar
que sou
o segundo
antes fosse
terceira pes-
soa e ressoar
num coração
mais aberto
menos amargo
enquanto
nos meus
poros
escapa
a pedra
escondida
debaixo
da língua
como
metáfora
originária?
Pedro Demenech
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