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Espaços contigo.
Doces como caminhos
que nunca serão construídos.
— Dias viraram noites,
clarearam dias e
se tornaram noites
que amanheceram.
Verbos medidos.
Ânsia se afoga
no timbre do que eu não digo.
— Palavras queriam ações
mas não eram ações
foram palavras
e aconteceram.
Amoldam-se os cantos.
Deságuam no branco
do meu traçado sem plano.
— Versos que criaram olhos,
escreveram pele
e te sentiram
não se perderam.
Ouvir de você
as três palavras.
Clichês.
Desfaço em medula
o corpo do seu desejo
sem ver.
Amanhã saberemos:
o mundo é tão maior.
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Laura Assis
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