nunca entendi quem diz
que o amor é cego
o amor é
lente grossa
põe o mundo
em foco
e me faz ver tudo
que nunca vi
ajeito a armação no rosto
e vejo:
o porta-retrato ao lado da cama
a sombra clara do futuro
a palavra nova por trás
do poema já gasto
tal qual vista mal-acostumada
estranho ficar sem
você nos olhos
Larissa Andrioli colaborou com a edição #32 da versão impressa do jornal Plástico Bolha e, com esse poema, foi a terceira colocada da categoria prosa do V Prêmio Paulo Henriques Britto de Prosa e Poesia, oferecido pelo PET-Let da PUC-Rio. Parabéns, Larissa!!
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