quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Um poema de Clara de Góes


Não conto histórias nem estrelas.
Minto a mais não poder.
Violo correspondência
Imito assinaturas
Falsifico a vida todos os dias.
Agora, um anjo me reconheceu
E não larga do meu pé. Cismou.
Vai me salvar.
Esmeralda escaldada
Sem corcunda ou Notre Dame
Tenho lá, eu, mais o que
Salvar?

Clara de Góes

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