A liberdade é intransigente
Febre incoerente
Loucura que desagua na estrada
Na planície do tempo
Nas rodas que giram e giram até o fim
Nos olhos da liberdade há lágrimas
Que curam os desalmados
E dá esperança aos que perderam a fé
Senhor devolva toda a liberdade que me foi roubada
Espero
Enquanto canto a canção de fuga
Que diz:
Siga a voz das estrelas
Siga o que é imaginário
Ouça os tambores no meio da mata
E lá ao longe onde o sol derrete em purpura
A salvação espera o homem valente
Vestida de ouro
Com colares feitos de pedra bruta
Pendurados em seu pescoço
A liberdade não aceita escravos!
A não ser o escravo fujão
Ela não quer sistema
Quer o avesso
Quer o não
Quer a dor
Tampouco precisa de filosofia
Necessita apenas do que é selvagem
A liberdade só existe para quem quer fugir
Abrir um buraco no céu e pular para o desconhecido
Ela é a Deusa dos irreais
Dos suicidas
Daqueles que em uma noite chuvosa
Sentem vontade de voar
Bruno Bochio
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