terça-feira, 22 de abril de 2014

Caminhante


Esse aroma de estrela
Que vem de cima
Vem de cima e cai
Cai para me golpear

E mais a noite
A noite anota
E por de cima da copa

Nas raízes
Se deposita
Calma e pesada

O cheiro faz sombra
Seu ruído assombra
Constelações conspiram
E giro quieto
Um espirro mudo

Espio o mundo
E sua máquina oscilante
Canta a redenção dos mortos
Promete iguarias sem iguais
Finalmente

Ao cabo
No reino da igualdade
Aportados

O passo apazigua o caminho
Antes não visto

Eis a marcha

Continuar apenas
Sem menções a
Seivas e monções

Moldar o mundo
Com rasteiras
Pisadas
Que tão logo
Na noite se precipitam

Gustavo Chataignier Gadelha

Gustavo Chataignier Gadelha tem outros textos publicados no blog e no jornal Plástico Bolha! Confira!

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