Nas terras por meus olhos esquecidas,
Onde a lei só se faz na palmatória,
Senti, em meio aos charcos e às feridas,
A realidade mais contraditória!
Perto e longe de todas essas vidas
Largadas sem destino pela história,
Vi que são igualmente submetidas
À voz da solidão e da memória!
É no céu dessas terras, dessa gente,
Sob a mesma Bandeira em minha frente,
Que o relho se renova mais hostil...
Este País um labéu violento encerra,
Pois tais terras não são a mesma terra
Que aprendi a chamar de meu Brasil!...
Guilherme Ottoni
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