dois dos muitos pontos de brilho no asfalto
distorcem sutilmente o reflexo da lua
(que tudo o que tem de nua,
pede chuva)
as noites de súbito úmidas
são um balé com corpos tortos
e eu não sei em que ponto do tronco
foco o guarda-chuva para o que não me revela
o outro
tudo o que nunca revelará
- diz que pra atrair mirada
fixa-se um ponto na nuca
e, com um tempo,
a pessoa olha.
(mas não há tempos)
fugisse das pessoas ligeiro
corria a noite, solta
e fixava era o marCarina Carvalho
Um comentário:
Gostei! :D Sonoro, em movimento. Bela narrativa plástica. Parabéns, Carina.
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