segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Semente do mundo
És um broto,
Feixe de luz que alveja o abismo
Grudou no ventre
Qual cravo que vai despontar
És um clarão feroz.
Rebento que não quero que rebente,
Mas vai me arrebatar
Fazendo de mim cativa
No primeiro pranto de nascença
Minha vida medra
Ao suave tinido da tua inexistência.
Sussurrando,
Vais manar da terra
Teu suspiro cresce num grito
E teu amor me afoga
Doce promessa de botão de flor
Eu sou a várzea,
terra fértil
E tu és moço, tão moço que irromper é só anúncio
Mas virás áureo
Meu crisântemo, minha flor d’ouro
Entalha por dentro meu corpo, meu pequeno adorno
Com teus floreios, minha criança,
Enche-me de amor.
Isabela Peixoto
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