Nessas ermas alturas tão sombrosas
Vaga a lua soturna que me encanta,
Tal se fosse o cadáver de uma santa
Envolvido por brumas lutuosas.
Nessas noites de trevas suspirosas,
A minh'alma — extasiada — se levanta,
Para olhar essa lua que abrilhanta,
Transmutando-se em formas curiosas.
E parece um errante cisne branco...
Embalado, perdido sobre o flanco,
Pelas águas de um lago; tão sem norte...
Vaga a lua... Tristonha senhorita!
Qual um olho envolvente que me fita,
O olho imenso e fatídico da morte!
Derek S. Castro
Um comentário:
Muito obrigado!
Postar um comentário