domingo, 3 de abril de 2011

Plástico Bolha para pôr na estante

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Em março de 2006, um grupo de estudantes de Letras da PUC-Rio resolveu produzir um jornal para dar vazão à produção literária dos alunos. Quase cinco anos se passaram e o jornal Plástico Bolha - que no início tinha a circulação restrita ao campus da Universidade - está presente em nove estados (Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal, Rondônia, Bahia, Paraná, Santa Catarina e Porto Alegre), conta com uma tiragem de 13 mil exemplares e agora pode ser encontrado nas estantes das livrarias. A Antologia de Prosa Plástico Bolha é o primeiro fruto de uma parceria entre o jornal e a recém-lançada editora Oito e meio, que pretende transformar em livro a meia década de vida da publicação.


Organizado pela editora e fundadora da Oito e meio, Flávia Iriarte, e o editor do Plástico Bolha, Lucas Viriato, o livro reúne 35 textos de 31 autores, entre contos, mini-contos e prosa poética, dispostos em ordem cronológica de publicação no jornal. O estilo leve e despojado preserva a sutileza e o humor característicos da proposta do jornal. “Separamos os contos que foram mais bem recebidos, tentando privilegiar o máximo de edições possíveis do jornal e ver como esses textos dialogavam entre si”, explicou Lucas Viriato, que tem dois contos no livro.


Para Lucas, que não imaginava um dia ver o jornal publicado por uma editora, o lançamento da antologia representa um sonho realizado e a oportunidade de mostrar a um público mais diverso a peculiar literatura produzida por uma geração de autores jovens e independentes. “O livro é uma forma de guardá-los com mais prestígio, na estante das casas das pessoas, onde ele vai ser mais facilmente folheado e relido”, defendeu.


Flávia conta que a ideia de publicar os autores do jornal vai ao encontro do objetivo de sua editora, que é dar visibilidade a autores que, por falta de oportunidade, publicam seus textos na internet. Segundo ela, o lançamento desses autores em livro tem o poder de mostrar que a rotulada “geração virtual” tem qualidade suficiente para a serem publicados. “O mercado editorial é conhecido por ser mais conservador, por não ter a as portas abertas para os autores. Nós quisemos fazer uma coisa diferente, acolher esses autores, porque a qualidade do que eles produzem é muito boa e existe um público leitor que os acompanha”, acentuou.

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João Lima, em reportagem para o Jornal da PUC.

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2 comentários:

Beatriz disse...

Sinto que Minas Gerais que foi um dos primeiros estados a receber o PB não tenha sido incluído no texto. Afinal os mineiros chegaram até a ter uma coluna "BOLHAS GERAIS" para divulgarem sua produção... Um abraço Beatriz Junqueira Pedras

João Lima disse...

Também sinto, Beatriz! Infelizmente, talvez por uma falha durante a revisão do texto, o Estado acabou não sendo citado... Obrigado por ter corrigido essa injustiça. Abraços!